sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010



Hoje eu manheci sardosa
me alembrano do passado
intonce meu coração
me arremeteu pro sertão
no meu azalão alado.

Me alembrei da vida
qui nói vivia prulá
tudo simpres, tudo puro
e a palavra futuro
pá nói num tinha importança
Pá nói qui era criança
vida era pá brincá.

Nói curria no terrero
tomava banho nos ri
brincava de dizafí
pá vê quem era mai ligero
vistia roupa de vaquero
e saia a aboiá.

Curria atrái das galinha
nos quintá lá da fazenda
veis ô ôta tinha uma arenga
mai nisso a Mãe dava um jeito
bastava pá nói oiá
cum zói de reprovação
pá nói tudo se aquetá.

Nói pensava qui avião
era um passarim grandão
qui avuava pelo céu
e tinha um primo de nói
que arregalava os zói
pensano sê sombração.

Nóis era filiz demais
junto cum nossa famia
O mundo todim cabia
dento da vida da gente
poi era o tempo presente
o que para nóis valia.

Eita que sordade grande
Sordade boa qui diz
Tudo o qui nói lá viveu
Foi o que mermo feiz deu
Arguém assim tão Féliz!

Zufirina

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